--- Enquanto uns quantos se manifestam nas ruas contra a Justiça da Liga, encabeçados pelo mentiroso Rui Moreira, que no último programa na RTPN, mentiu com todos os dentes, se calhar ansiosos pelo regresso a um passado recente de total impunidade, em que se recebia árbitros em casa, se oferecia frutas em trocas de favores, em que se pagavam viagens ao Brasil, em que se obrigava os adversários a equiparem-se nos corredores porque os balneários das equipas adversárias eram regados com álcool, pelas agressões em directo a jornalistas e a dirigentes adversários, ou em última instância na defesa dos cavalheiros tipo guarda-Abel, o Benfica, no relvado, goleou o Hertha de Berlim, quando se diz que a equipa está em queda, conversa essa, que vem desde os tempos da pré-época, é caso para dizer, abençoada crise.
BENFICA 4 HERTHA de BERLIM 0 - Mais um jogo (perdi a conta), em que o Benfica goleou o seu adversário, com arte e engenho, despachou com quatro bolas de Berlim, uma equipa alemã muito frágil e que na 2ª parte, pagou a factura do seu jogo de Domingo, fruto da intensidade e do desgaste que a equipa encarnada provocou no seu adversário.
Sem ser fulgurante, o Benfica entrou dominador no jogo, mas com paciência, previligiando a posse de bola, fazendo-a circular e desse modo obrigar o adversário a desgastar-se, pois a equipa sabia que em termos físicos, o tempo jogava a seu favor e com a bola em poder, o Hertha não poderia causar perigo.
Depois dos 20 ninutos o Benfica soltou-se mais, subiu as suas linhas e começou a criar rupturas no muro defensivo alemão, pelo que o golo de Aimar foi o corolário lógico do seu domínio e que resulta numa tabela fantástica entre Aimar e Saviola, numa jogada simples, bonita e eficaz.
Com o golo, o Benfica que já era senhor do jogo, mais dominador ficou, mas também é verdade, que por esse motivo a equipa do Hertha foi obrigada a subir no terreno e a procurar a área do Benfica, criando mesmo uma situação de golo eminente, o que diga-se seria injusto, face ao controlo de jogo e ás oportunidades anteriormente desperdiçadas pelo Benfica.
Na 2ª parte, muito mais Benfica, isto porque a circulação de bola e a intensidade de jogo colocada na 1ª parte, fez com que a equipa alemã se ressenti-se fisicamente, os seus jogadores já não dobravam, começavam a chegar atrasados à bola e o Benfica começou a passear classe, marcando logo a abrir, numa jogada fantástica do endiabrado Di Maria, com um cruzamento para Cardozo cabecear para a baliza deserta.
Com o 2 a 0 e a falta de capacidade de reacção do Hertha, percebeu-se que a eliminatória estava resolvida, mas os criativos da equipa, agora soltos de marcação, faziam o que queriam do último reduto alemão e com isso nasceu o 3º golo do Benfica, após um ressalto na área, por Javi Garcia, que voltou a ser uma máquina a correr e a aparecer onde a bola estava, um senhor jogador.
3 a 0 e tudo mais que resolvido e ainda não estavam decorridos 20 minutos da 2ª parte e Cardozo a bisar, após nova assistência brilhante de Di Maria, num golo de belo efeito, a goleada estava cumprida e agora havia que gerir as tropas e foi isso mesmo que Jorge Jesus fez.
De uma assentada tirou Aimar e Saviola do jogo e logo de seguida Di Maria, entrando César Peixoto, Carlos Martins e Nuno Gomes (que banco), a ordem agora era para gerir e para isso a equipa sempre controlando o jogo, tirou o pé do acelerador e até ao fim podia ainda ter ampliado a vantagem, ante um adversário completamente aniquilado pela maior valia do Benfica, que venceu categoricamente e com toda a justiça.
Pela positiva: A exibição colectiva da equipa, principalmente nos primeiros 20 minutos da 2ª parte e Di Maria, a mostrar porque razão meia europa o quer, comece a aliar a capacidade concretizadora à sua velocidade e capacidade técnica e em breve estaremos na presença de um dos melhore extremos do futebol moderno. Pela negativa: o horário do jogo, a Uefa tem de repensar esta situação, pois é inadmíssivel, em dia de semana, colcoar um jogo em horário laboral, assim não se consegue prestigiar e dar dinâmica a uma prova europeia.
Arbitragem, sem grandes erros, mas também sem critério, ou seja, este senhor que tirou uma champions ao Guimarães, mostrou que de facto é um árbitro fraco.
A seguir seguramente o Benfica jogará contra os franceses do Marselha, uma adversário bem mais complicado, mas ainda assim, perfeitamente ao alcance do Benfica mais forte desta temporada, contudo e bem, Jorge Jesus, fazendo contas ao calendário, já avisou que em caso de ter que fazer poupanças, estas serão efectuadas nesta competição e eu subscrevo.